"Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade"
Joseph Goebbels
A trágica frase acima tem como autor Joseph Goebbels, ministro da propaganda de Adolf Hitler, este último dispensa apresentações, mas caso algum leitor tenha fugido sistematicamente às aulas de História e durante toda sua vida tenha se dedicado a assistir apenas telenovelas, vou me dar ao trabalho de dizer que Hitler foi o monstruoso líder do Partido Nazista, que matou mais de 6 milhões de judeus através do demoníaco programa de extermínio étnico conhecido como Holocausto. É de se esperar que qualquer método usado pelo nazismo fosse prontamente abandonado, afinal de contas, o que de bom um movimento político tão diabólico como este tem para oferecer?
Bem, não é bem assim,
apesar de todo horror que o nazismo causou com seu projeto de dominação
mundial, as suas ideias e filosofias ainda seduzem muitos grupos políticos pelo
mundo. Poderia citar aqui diversos grupos políticos que praticam ou planejam colocar
em ação mundo afora (e até no Brasil) os ideais nefastos do nazismo, até mesmo
a limpeza étnica. Mas apesar do nazismo ter várias ideias, filosofias e outras
coisas que de algum modo influencia alguns grupos políticos modernos, vamos nos
ater à triste frase de Goebbels, essa sim, influencia MUITOS, MAS MUITOS
políticos.
Tudo bem, eu disse que
alguns políticos fazem uso desse método, principalmente para prejudicarem
adversários, mas a pergunta que não quer calar: Tem boa índole, um político que
espalha mentiras para prejudicar um adversário e se promover? É moralmente
confiável alguém que faz uso de métodos imorais para se promover e alcançar o
poder? E para finalizar: É ético o político que faz uso da antiética para
alcançar seus objetivos?
Não, não e não, estas são
as respostas, ao menos na MINHA concepção, das perguntas anteriores, e é o que
eu NÃO espero da conduta de um político. O político que para vencer faz uso da
mentira, da boataria, das calúnias, das difamações e por fim da imoralidade e
da antiética, não é um político que será ético quando chegar ao poder. Se tal
político não tem um “termômetro” moral, que o impede de sair do campo da boa
moral e chegar à imoralidade para vencer uma eleição, ou para denegrir um
adversário, muito menos terá o tal “termômetro” para impedi-lo de se corromper
e beneficiar-se das benesses que o poder poderá proporcionar-lhe. Quem não tem
escrúpulos para chegar ao poder, não o terá quando se assentar no poder. Porquê
um político, ou grupo político, usaria métodos baixos, torpes e aéticos para
chegar ao domínio, e quando o tivesse, se converteria num referencial de boas
práticas? Quem mente, calunia, difama, espalha boatos, faz uso da política
baixa e suja para vencer uma eleição ou enfraquecer um adversário político não
pretende fazer boas coisas quando tomar posse do que busca. Ninguém entra na
lama e sai dela limpo, quem não respeita seus adversários prova que sua
consciência está cauterizada, não consegue sentir os limites da ética e da boa
moral, portanto, quem não tem boa consciência, também não tem bom coração e
jamais pensará em alguém mais do que em si próprio, uma vez que ele não considera
importante a dignidade de seu concorrente, jamais dará importância à dignidade
de qualquer outro.
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